Eu Sou a Lenda - Richard Matheson

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Fiz uma pequena batota, durante a semana passada esqueci-me do “Valete de Copas e Dama de Espadas” no escritório, e quando cheguei a casa o “Eu Sou a Lenda” que tinha adquirido juntamente com a Visão na semana anterior, piscou-me o olho, e li umas páginas. Prendeu-me de tal forma, que não voltei a pegar no livro da Joanne Harris enquanto não terminei o outro (o que para dizer a verdade aconteceu em dois dias, pois o livro é muito pequeno).
A história prende e a leitura é bastante rápida, visto o livro ter alguma acção e uma escrita muito leve, por outro lado a própria escrita assume uma forma que, a meu ver, é demasiado simples, o que me costuma “irritar” um pouco, contudo neste livro acabou por não ter um impacto negactivo tão grande, talvez porque apesar de simples, a linguagem utilizada não é infantil, não ofendendo o intelecto do leitor, é apenas direccionada ao objectivo não se perdendo em floreados (algo que me faz alguma falta). O que não me agradou foram os erros de tradução/impressão encontrados sobretudo no início do livro, no entanto foi algo que foi sendo cada vez mais raro ao longo do mesmo, ou talvez tenha sido eu que me embrenhei na história alheando-me da forma que a envolvia.
Já tinha visto o último filme baseado nesta obra, do qual gostei bastante, apesar do aparato “hollywoodesco” que o caratcteriza. O Will Smith encarna na perfeição o último homem na Terra, com todos os conflitos interiores, angústias e humor demente que daí advêm, apesar de ter muito pouco do loiro caucasiano que é descrito por Richard Matheson. Porém, penso que estas duas reflexões do mesmo conteúdo deverão ser analisadas como independentes, de tão diferentes que acabam por ser. Vi o filme duas vezes, sendo que em cada uma delas foi-me apresentado um final diferente, e garanto que nenhum se compara ao do livro, que é sem dúvida o ponto alto deste, pelas questões sociais e humanas que levanta.
Não o recomendaria a pessoas que não gostem do género horror/ fantasia (apesar de não considerar que o livro se resuma a isso), não o aconselhando, portanto, à Gena ou à Di, mas sem dúviva que o Alucard saberia apreciar esta história.


Nota: 7/10.

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