O Estranho Caso de Benjamin Button - F. Scott Fitzgerald

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Como já tinha referido, adquiri este livro na Colecção da Visão, li apenas o conto do Benjamin Button, e posso dizer que se trata de um dos raros casos em que, na minha opinião, o filme supera o livro, ou neste caso, o conto.


O conto é muito pequeno, baseia-se na ideia de um homem que nasce velho e vai ficando mais novo à medida que o tempo vai passando. A ideia é genial, mas penso que uma ideia como esta poderia ser melhor aproveitada, o que acabou por acontecer no filme de David Fincher, que pega na fórmula central e em alguns elementos chave do conto, e os transforma numa história de amor lindissíma. O estilo de humor é transversal às duas vertentes desta obra, sendo central enquanto elemento cativante do leitor/espectador.

Apesar do conto ter desiludido um pouco, a ideia não deixa de ser fantástica, principalmente se tivermos em conta que foi publicado pela primeira vez em 1922, e como tal não vou ser demasiado forreta com a avaliação.

Nota: 7/10.

Metade Sombria - Stephen King

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É com muita tristeza que vou proceder ao enterro desde Livro.
Este Livro conta a história de Escritor que decide "Sepultar" um Pseudónimo, este ganha vida e decide ir atrás do seu Autor e de todos os que ajudaram no enterro. Tudo o que lhe passar pelo caminho vai jurar nunca o ter feito. A violência e a loucura andam de mão pegadas nesta obra.
Se o livro não tivesse este pequeno factor de Ficção, seria na mesma um grande Thriller de qualquer das maneiras.
Demorei um pouco para acabar o Livro, não só pela falta de tempo, como não se consegue ler SK depressa, existe muita descrição, tanta que mesmo uma pessoa sem imaginação conseguia colocar-se dentro do mundo criado pelo Autor. Sem dúvida que não é para todos. Com King ou se ama ou se odeia.
É incrível como Stephen King consegue pegar em coisas do dia a dia e meter o nosso universo de pernas para o ar.
Para mim este é um daqueles Livros que se deve ter, quer se goste ou não de Ficção. Sem dúvida um dos melhores que já li.
Vou dar uma nota de 9/10.

ALuCaRD Xmas '10

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Hohohohohohohoho!!!
Chegou a altura mais bonita do ano. A altura em que eu acabo com um bom Stock de Livros para o resto do ano. De forma a não receber meias, pijamas, gorros, luvas, cuecas ou um perfume dos Chineses tomei a libertade de facilitar a vida aos meus familiares e amigos. Segue uma lista dos meus "Wanted Books for Xmas'10".
NOTA IMPORTANTE: Falem entre vocês para não comprarem todos o mesmo!
Robin Hobb - A Demanda do Visionário

George R. R. Martin - Sonho Febril

Peter V. Brett - A Lança do Deserto

Joe Hill - Cornos

Stephen King - Turno da Noite

Charlaine Harris - Sangue Felino

Brian Keaney - O Espelho Quebrado

Stephen King - A Hora do Vampiro

Stephen King - Carrie

Stephen King - O Retrato de Rose Madder

William Peter Blatty - O Exorcista

Frank Herbert - Duna

Hex Hall – Rachel Hawkins

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Comprei este livro há umas semanas para oferecer no Natal, e quando cheguei a casa coloquei-o numa pilha juntamente com os restantes 12 que comprei nesse mesmo dia, também para oferecer. Trata-se de um livro virado para um público adolescente, e como tal não tinha ponderado a hipótese de o adquirir, no entanto, tinha terminado o Valete de Copas e Dama de Espadas, e este, sabe-se lá porquê, piscou-me o olho lá do meio daquela fantástica pilha. Li o primeiro capítulo em pé, apenas para me inteirar um pouco mais da história, e a partir daí comecei a lê-lo sem admitir totalmente que o estava a LER no real sentido da palavra.

Acabou por ser um guilty pleasure, que me soube mesmo bem após a obscuridade e tristeza que envolviam o último livro que li. Trata-se de uma leitura muito leve, completamente direcionada para um público mais jovem, essencialmente feminino, com uma escrita extremamente simples pautada por expressões muito pouco formais, e uma história que não traz nada de novo, muito ao jeito da nova fantasia infanto-juvenil, com uma bruxa adolescente como protagonista, e várias figuras mitológicas de diferentes origens a povoar o cenário. A pouca originalidade foi compensada pelo sentido de humor e sarcasmo emprestados por Rachel Hawkins à sua personagem principal, que me proporcionaram alguns momentos de diversão.

Sem dúvida que recomendo para um público mais jovem, ou alguém que goste de fantasia e precise urgentemente de ler algo simples, fácil e divertido. Não penso comprar o próximo livro da saga, mas se um dia estiver a vaguear pela fnac, entediada, enquanto espero por alguém, e a continuação desta história me sorrir da estante das “Novidades”, não direi que não à possibilidade de ler mais uns quantos capítulos em pé.

Nota: 5/10.

Valete de Copas e Dama de Espadas – Joanne Harris

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Acabei este livro há duas semanas, contudo ainda não tinha tido oportunidade de deixar aqui o meu testemunho. Antes de mais, queria apenas referir que este livro me foi oferecido pelos meus três colegas de blog, e que esta era uma leitura que eu já pretendia fazer há algum tempo.

Conheci a Joanne Harris pelo Chocolate, do qual gostei muito, tendo depois lido Na Corda Bamba e A Praia Roubada, e fui-me apercebendo que, aquela magia deliciosa que a envolvia parecia ter um ligeiro tom obscuro, quase imperceptível para os menos atentos. Mas foi em Danças e Contradanças com aqueles contos repletos de ironia, crítica social e obscuridade que confirmei as minhas suspeitas, daí a uma pesquisa um pouco mais profunda no google foi um saltinho, e assim descobri que os primeiros dois livros desta autora se passavam num ambiente gótico inglês e não entre delícias francesas. Há três anos li o primeiro livro da autora, The Evil Seed (sem tradução em português), que incide na temática do vampirismo, e que contém todos os elementos necessários para criar o ambiente certo para um livro de horror, perdendo-se contudo na tentativa de se tornar uma obra de literatura dentro do género, como a própria Joanne Harris afirma.

Este Valete de Copas e Dama de Espadas, no seguimento do livro anterior, cria também um ambiente fantástico, dentro do gótico vitoriano, recorre a uma escrita extremamente requintada, que se torna um elemento chave na criacção desse ambiente. No entanto, e à semelhança do que acontece com o primeiro livro, perde-se demasiado na forma e no contexto, deixando o fio condutor da história demasiado disperso, o que acaba por tornar a leitura bastante lenta.

Porém, não posso deixar de evidenciar que Joanne Harris é uma escritora que aprecio bastante, vendo como natural a evolução que é notória na sua obra, fico sim, a desejar que agora com mais experiência se volte a aventurar num ambiente semelhante ao dos seus primeiros livros.

Recomendo o livro a quem goste de literatura gótica na sua forma original, o que não inclui nenhum dos meus colegas bloguistas.

Nota: 6/10.

Eu Sou a Lenda - Richard Matheson

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Fiz uma pequena batota, durante a semana passada esqueci-me do “Valete de Copas e Dama de Espadas” no escritório, e quando cheguei a casa o “Eu Sou a Lenda” que tinha adquirido juntamente com a Visão na semana anterior, piscou-me o olho, e li umas páginas. Prendeu-me de tal forma, que não voltei a pegar no livro da Joanne Harris enquanto não terminei o outro (o que para dizer a verdade aconteceu em dois dias, pois o livro é muito pequeno).
A história prende e a leitura é bastante rápida, visto o livro ter alguma acção e uma escrita muito leve, por outro lado a própria escrita assume uma forma que, a meu ver, é demasiado simples, o que me costuma “irritar” um pouco, contudo neste livro acabou por não ter um impacto negactivo tão grande, talvez porque apesar de simples, a linguagem utilizada não é infantil, não ofendendo o intelecto do leitor, é apenas direccionada ao objectivo não se perdendo em floreados (algo que me faz alguma falta). O que não me agradou foram os erros de tradução/impressão encontrados sobretudo no início do livro, no entanto foi algo que foi sendo cada vez mais raro ao longo do mesmo, ou talvez tenha sido eu que me embrenhei na história alheando-me da forma que a envolvia.
Já tinha visto o último filme baseado nesta obra, do qual gostei bastante, apesar do aparato “hollywoodesco” que o caratcteriza. O Will Smith encarna na perfeição o último homem na Terra, com todos os conflitos interiores, angústias e humor demente que daí advêm, apesar de ter muito pouco do loiro caucasiano que é descrito por Richard Matheson. Porém, penso que estas duas reflexões do mesmo conteúdo deverão ser analisadas como independentes, de tão diferentes que acabam por ser. Vi o filme duas vezes, sendo que em cada uma delas foi-me apresentado um final diferente, e garanto que nenhum se compara ao do livro, que é sem dúvida o ponto alto deste, pelas questões sociais e humanas que levanta.
Não o recomendaria a pessoas que não gostem do género horror/ fantasia (apesar de não considerar que o livro se resuma a isso), não o aconselhando, portanto, à Gena ou à Di, mas sem dúviva que o Alucard saberia apreciar esta história.


Nota: 7/10.